segunda-feira, 7 de setembro de 2009

PARA ELE

Você não precisa de auto estima, você precisa do conhecimento de Deus.

Tudo gira em torno dEle. Seu coração bate para Ele, você recebeu fôlego para Ele, você recebeu força para Ele, você recebeu sua mente para Ele, tudo o que você recebeu você recebeu para Ele. E é apenas vivendo para Ele que você conseguirá achar propósito e significado. E você não encontrará propósito e significado, se sua intenção é achar propósito e significado. Você deve acreditar em Jesus Cristo, se arrepender e deve servi-Lo mesmo que Ele lhe mande para o Inferno, porque Ele é digno do seu arrependimento, Ele digno da sua fé, Ele é digno de ser servido. Ainda que você não receba nada em troca.

Você entende este tipo de Cristianismo, onde tudo se refere a Ele e não aos homens? Por que seu coração bate? Por que seu peito se enche e esvazia de ar? Existe apenas uma razão: É para Ele. Homens não foram feitos para homens, este mundo não foi feito para homens. Homens foram feitos para Deus.

E o Cristão diz: "Eu nasci no pecado e em pecado minha mãe me concebeu". Eu quebrei todas as leis de Deus e eu mereço toda extensão de sua justa ira contra mim. Eu estou confiando na virtude e méritos de outro, Jesus Cristo, meu Senhor. Tudo para Ele. "Nada em minhas mãos eu trago, somente a tua cruz me agarro. Eu não preciso de outro argumento, eu não preciso de outro pretexto. É o suficiente que Jesus morreu, que Ele morreu por mim".

Um jovem veio a mim certa vez e disse: "Você está certo irmão Paul! Você esta certo. Jesus é tudo que precisamos". Eu disse: "Jovem, Jesus é tudo que temos e não apenas o que precisamos". Fora Dele não existe nada. Você precisa entender que o grande livro de Colossenses não ensina apenas que o mundo foi criado por Cristo e para Ele, mas que foi criado em Cristo. Tudo fora de Cristo não é realidade, tudo fora de Jesus Cristo é absolutamente absurdo, tudo fora de Jesus Cristo é morte. Não existe nada, não há outra forma de realidade, não há lógica, não há direção, não há razão, não existe um porquê. Nada funciona, tudo foi feito para estar em Cristo.

Seu maior problema é conformar-se a essa verdade; uma total rendição à pessoa e vontade de Jesus Cristo, para Glória de Jesus Cristo. Para que os homens possam ver o que são, em quê verdadeiramente se encontram, tendo seus corações expostos eles verão que precisam de um redentor. Mas enquanto você não os leva a sério e os aconchega e protege o que chamam de auto estima, você está ao mesmo tempo condenando a alma deles ao inferno.

Me parece que sempre que me levanto para pregar num culto, alguém vai se levantar para cantar uma música que faz a pergunta: "Deus o que vistes em mim para me salvar?". E eu me sinto como uma criança na escola levantando a mão lá no fundo da sala: "Ei, me escolhe aqui que eu te conto!" O que Deus viu em você? Ele viu um objeto de ira, Ele viu alguém que quebrou todas as leis que Ele já fez, e que viveu uma vida deslocada e pervertida. Foi isso que Ele viu.

Porque ele te salvou? Duas razões. Deus é amor. Segundo: para demonstrar sua glória, sua misericórdia, seus atributos não apenas ao mundo mas além deste mundo.

Tudo o que você recebeu você recebeu para Ele. E é apenas vivendo para Ele que você conseguirá achar propósito e significado.

(Paul Washer)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

JESUS, TU ÉS DIFERENTE

Tu ficaste ao lado da mulher adúltera,
quando todos se afastavam dela.

Tu entraste na casa do publicano,
quando todos se revoltavam contra ele.

Tu chamaste as crianças para junto de Ti,
quando todos queriam mandá-las embora.

Tu perdoaste Pedro,
quando ele próprio se condenava.

Tu elogiaste a viúva probre,
quando todos a ignoravam.

Tu resististe ao diabo,
quando todos teriam sucumbido à sua tentação.

Tu prometeste o paraíso ao malfeitor,
quando todos desejavam-lhe o inferno.

Tu chamaste Paulo para Te seguir,
quando todos temiam-no como perseguidor.

Tu fugiste do sucesso,
quando todos queriam fazer-te rei.

Tu amaste os pobres,
quando todos buscavam riquezas.

Tu curaste enfermos,
quando foram abandonados pelos outros.

Tu calastes,
quando todos Te acusavam, batiam em Ti e zombavam de Ti.

Tu morreste na cruz,
quando todos festejavam a páscoa.

Tu assumiste a culpa,
quando todos lavavam suas mãos na inocência.

Tu ressuscitaste da morte,
quando todos pensavam que estavas derrotado.

Jesus, eu te agradeço porque Tu és único!

(autor desconhecido)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

MOTIVAÇÃO

"Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração."
Jeremias 29.13


Eu não quero que o sentir a presença do Senhor
me leve ao desejo de estar em Sua presença.
Mas eu quero que o desejo de estar na presença
do Senhor me leve a sentir a Sua presença.
Pois, quando eu não sentir a presença do Senhor,
eu não terei o desejo de estar em Sua presença.
Mas se eu tiver o desejo de estar na presença do Senhor,
permanecerei ali até que o Senhor se faça presente em mim;
e não viva eu, mas Cristo viva em mim.


Eu não quero que o sentir o toque do Senhor
me leve ao desejo de tocá-Lo.
Mas eu quero que o desejo de tocar
o Senhor me leve a sentir o Seu toque.
Pois, quando eu não sentir o toque do Senhor,
eu não terei o desejo de tocá-Lo.
Mas seu eu tiver o desejo de tocá-Lo,
manterei o braço estendido até que
o Senhor me toque com a Sua mão
e me recolha nos Seus braços de amor.


Eu não quero que o ouvir a voz do Senhor
me leve ao desejo de ter comunhão com Ele.
Mas eu quero que o desejo de ter comunhão
com o Senhor me leve a ouvir a voz do Senhor.
Pois, quando eu não ouvir a voz do Senhor,
eu não terei o desejo de ter comunhão com Ele.
Mas se eu tiver o desejo de ter comunhão com o Senhor,
buscarei a mais íntima comunhão até que
eu consiga ouvir o coração do Senhor falando comigo.


Eu não quero que a revelação da pessoa do
Senhor me leve ao desejo de procurá-Lo.
Mas eu quero que o desejo de procurar o Senhor
faça com que a pessoa do Senhor seja revelada.
Pois, quando a pessoa do Senhor não for revelada,
eu não terei o desejo de procurá-Lo.
Mas se eu tiver o desejo de procurá-Lo, irei atrás d'Ele
fervorosamente até que eu veja a glória do Senhor.


Eu não quero que a manifestação de
um milagre me leve à crer no Senhor.
Mas eu quero crer no Senhor
para que um milagre seja manifesto.
Pois quando o Senhor não manifestar
nenhum milagre, eu não crerei n'Ele.
Mas se eu crer no Senhor, terei
tamanha fé que o maior milagre que pode
acontecer será manifesto - a minha salvação.


"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á."
Mateus 7.7

quinta-feira, 15 de maio de 2008

ESPÍRITO DE ARREBATAMENTO

"E vós sede semelhantes a homens que aguardam que o seu senhor retorne das bodas, para que quando chegue e chame, abram-lhe em seguida." (Luc. 12:36).

O Senhor Jesus ensinou que era necessário estar atento aos sinais da sua vinda para estar assim preparados. No entanto, a ênfase na cristandade tem sido conhecer os sinais, mas nem sempre para estar preparados, mas sim como um mero exercício intelectual, como mera curiosidade doutrinária.

Stephen Kaung adverte assim em um de seus livros: "Muitas profecias relacionadas com a sua segunda vinda são ensinadas e conhecidas em todo mundo cristão, como se todo o povo de Deus estivesse esperando a sua vinda. A mensagem sobre a segunda vinda do Senhor é provavelmente um dos temas mais populares nos círculos cristãos. Infelizmente, a realidade é que muito poucos estão na verdade esperando a sua vinda. Muito poucos, muito poucos, desta maneira, estão realmente preparando o caminho para a sua vinda".

A atitude desejável diante da vinda do Senhor é a da noiva que espera o Noivo. Somente esta figura, aplicada em um plano meramente humano, mostra-nos a espera e desejo, o pulsar do coração, a espera vigorosa e alegre da amada por seu amado. No entanto, no plano espiritual, parece que estamos muito longe disso. Certamente o Senhor sofre ao ver a atitude da sua amada, pela qual ele entregou a sua vida, que com tanta indiferença e mera curiosidade fala da sua vinda, mas sem desejá-lo fervorosamente. Como, pois, ele poderia apressar a sua vinda se sentir que não é desejado suficientemente por sua amada?

O compromisso com o mundo, a ânsia pelas coisas visíveis, o adultério do coração; tudo isso tem inquietado a noiva, de modo que não é capaz de sentir os puros afetos da feliz enamorada. Mas há fiéis que nos mostram o outro caminho, o correto e verdadeiro.

Dizem que Margaret Barber cada dia, quando o sol se punha, e cada fim de ano, quando todo mundo se enchia de folguedo, ela reclamava ao Senhor por que não tinha vindo ainda. Da mesma maneira, seu jovem discípulo Watchman Nee, viveu e escreveu sobre o "espírito de arrebatamento". Ainda mais, ele disse que a perda desta espera era um dos objetivos de Satanás na guerra espiritual.

Em seu poema "Desde Betânia", de Watchman Nee, encontramos uma bela expressão deste "espírito de arrebatamento":

Desde Betânia ao nos separarmos,
Surgiu um vácuo incessante em mim;
Como tirar a harpa do salgueiro
Ou entoar sem ter-Te junto a mim?
Ao vigiar à noite, solitário,
Indiferente ao gozo ou à dor,
Recordo a promessa de voltares;
Mas por que ainda não vieste, ó Senhor?

Esquecerias o que prometeste:
Vir e tomar-me para Ti enfim?
Mas tantos dias e anos já passaram
E ainda não voltaste para mim.
Teus doces passos soam mui distantes;
Que tempo mais terei de esperar?
Senhor, por Tua volta ainda aguardo,
Até que, mui glorioso, venhas me levar.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

OS MEMBROS DO CORPO DE CRISTO

Olá caros amigos, volto hoje com o objetivo de postar algo que escrevi há algum tempo. Há quase 6 meses atrás, tive um pequeno problema no meu dedo, pois minha unha estava encravada naquela época. Pra solucionar esse problema, fui a um hospital para que um cirurgião geral pudesse me livrar dessa situação. Graças a Deus o problema foi sanado. E por que eu estou escrevendo escrevendo isto só hoje? Primeiramente, porque naquela época eu não tinha blog, e depois porque hoje, mais uma vez, fui ao mesmo hospital e estive com o mesmo cirurgião geral para realizar o mesmo procedimento por causa do mesmo problema, diferenciando apenas o pé.

Diante disso, desejo postar aqui o que escrevi no dia 15 de Outubro de 2007:


"De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam." (1 Coríntios 12.26)

Durante o final do meu Domingo, estive meditando nesta passagem. Por que? Ao estar com o dedão do pé bastante dolorido, todo o meu corpo sentiu a dor localizada naquele dedo; o meu corpo sofreu o reflexo dessa dor. Que coisa estranha, não? Como um membro tão distante causa um impacto tão grande como esse? Aonde já se viu alastrar a dor e senti-la por todo o corpo, sendo que o membro afetado é apenas um só? Não estou dizendo que se eu apertar o dedo da minha mão, ou pressionar o meu ombro, ou ainda mover o meu punho sentirei dor. O que digo é que, se eu pressiono o meu dedo, ou tento apoiá-lo ao chão, parece que a dor é transmitida ao meu corpo através de ondas; ou talvez semelhantemente ao processo do terremoto, que é resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, ou placas tectônicas e que, em conseqüência desses movimentos, ocorre vibrações que são sentidas num raio de centímetros ou milhares de quilômetros.

Por que estou colocando todas essas informações? Ao ler-mos esse mesmo capítulo 12 de 1 Coríntios, encontramos o versículo de número 12 dizendo: "Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo." Aqui vemos que o escritor Paulo usa a figura de corpo para a Igreja de Cristo. Então, mediante a essa figura, não podemos esquecer que, sendo remidos no sangue do Cordeiro de Deus, estamos inseridos dentro do Corpo de Cristo, fazendo parte dele, como membros. Ao viver dentro desse Corpo, estamos então cientes da realidade presenciada nele que, como dito em 2 Coríntios 4.8-10, é "atribulado, perplexo, perseguido, abatido", além de sofrer com doenças, várias lutas e grandes desafios no cotidiano.

Agora, o que isso tem a ver com o meu dedo ou com a passagem de 1 Coríntios 12.26? É nesse ponto que quero chegar. Faço uma pergunta aos leitores: você conhece algum irmão em Cristo, próximo, ou distante de você, que tem passado por alguma aflição? Conhece algum irmão em Cristo que tem passado por alguma dificuldade financeira? Ou ainda conhece algum irmão em Cristo que tem sofrido alguma doença, seja ela branda ou grave? Se a sua resposta foi sim, e eu creio que essa foi a sua resposta, faço outra pergunta: o que você tem feito por esse ou esses irmãos? Você tem orado? Você tem ajudado de maneira prática?

Quando vamos ao médico com alguma doença, temos a situação onde ele nos diz qual doença temos, e qual remédio devemos tomar. Mas também há outra situação em que existe a necessidade de o próprio médico fazer uma intervenção, às vezes cirúrgica, pois simplesmente o remédio não vai nos curar.

O que quero dizer à você é que haverá casos em que a sua oração pelo irmão será de fundamental importância e de grande ajuda para o irmão enfermo ou necessitado. Mas também haverá casos em que você terá que intervir, e desta vez de maneira bem prática, não deixando de lado a oração, mas complementando-a com a sua ajuda prática.

Bem, se você, assim como eu, respondeu não às minhas perguntas em relação à oração e à ajuda prática, creio que o Senhor tem que abrir os nossos olhos para que enxerguemos essa visão do Corpo, pois se temos esquecido dos nossos irmãos em Cristo, de uma ou de outra maneira, pode ser que é pelo fato de não estarmos sentindo esse sofrimento de todo o Corpo. Acredito que se o sofrimento do irmão faz com que soframos, inevitavelmente estaremos orando por ele; inevitavelmente estaremos ajudando ele de forma prática, seja ligando para ele, seja visitando-o ou até mesmo suprindo as suas necessidades.

Convido você leitor, a meditar sobre esse assunto, e participarmos ativamente desse tão maravilhoso Corpo que estamos inseridos, não por mérito nosso, não porque temos qualidades, mas porque o Senhor, na Sua infinita misericórdia que se renova a cada manhã, nos salvou e nos fez participantes da Sua obra. Olhe para o lado e sofra junto com o irmão, porque tenho certeza de que, quando ele se regozijar, você também terá e sentirá uma grande e inexplicável alegria.

Que o Senhor fale ao seu coração!

"Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos." (Salmos 133.1)

quarta-feira, 5 de março de 2008

POR QUE SE RELACIONAR COM CRISTO?

Na postagem passada vimos um pouco sobre o 5º capítulo do livro de Cantares e sobre aquilo que ele descreve. Percebemos como à esposa conhecia muito bem o amado a ponto de descrevê-lo com detalhes que poderiam passar desapercebidos aos olhos de qualquer outra pessoa. Então, vimos que diante da riqueza de tantos detalhes descrevidos, somente uma intimidade muito profunda permitiria tal coisa. E, nesse capítulo é esse o encorajamento deixado a cada um que passa seus olhos pelas palavras nele contido: que tenhamos um relacionamento sincero, verdadeiro, puro e profundo com o nosso Senhor Jesus Cristo; que conheçamos muito além da estória Dele, conheçamos à pessoa de Cristo.

Hoje, meu propósito é dar um passo mais adiante desse assunto percorrendo mais um pouco dentro do livro de Cantares. Se, anteriormente foi colocado o ponto de que devemos criar um relacionamento e uma intimidade com Cristo, agora será colocado o porque dessa necessidade de uma comunhão séria com Ele. Vejamos então alguns pontos que reforçam essa necessidade:

  • A genuína satisfação só é encontrada em Cristo: inicialmente, no 1º capítulo de Cantares, podemos ver que a esposa mostra-se bastante desejosa de se aproximar da presença do seu amado; percebemos que ela estava longe dele. O desejo que ela tem de ser beijada com os beijos da boca do seu amado mostra que ela anseia por ter algo muito além de um relacionamento comum; ela deseja ter uma comunhão muito íntima com seu amado. Esse relato nos leva ao livro de Apocalipse, no capítulo 2 versículo 4, onde a igreja em Éfeso é advertida pelo próprio Senhor por ter abandonado o primeiro amor. Digo isso porque todos nós, ou pelo menos a maioria, já tivemos essa experiência do primeiro amor com o nosso Senhor, e sabemos que esse primeiro amor nos move a fazer muitas coisas. Quando temos essa primeira experiência com Cristo, ficamos horas lendo a Tua palavra, falamos Dele para aqueles que nos rodeiam, passamos bastante tempo diante de Tua presença buscando-O e ouvindo-O; abandonamos os nossos afazeres para dedicar o nosso tempo e a nossa vida à Ele. Que grande milagre esse primeiro amor proporciona! E, assim como a lâmpada do candelabro devia ficar acesa continuamente, assim também o nosso primeiro amor por Cristo deveria permanecer continuamente. Digo deveria porque sabemos que na maioria das vezes isso não acontece; o nosso primeiro amor se esfria, vai apagando, enfraquecendo, e então, começamos a nos afastar de Deus.

    Ainda no versículo 2 deste 1º capítulo de Cantares, a esposa diz que o amor do amado é melhor do que o vinho. Neste ponto fica claro que, para dizer isso, ela teve que experimentar o sabor e os efeitos do vinho. Neste verso, o vinho representa a alegria e os prazeres do mundo. Quando o nosso amor por Cristo se esfria, corremos o grande risco de buscarmos satisfação em outras coisas; buscamos satisfação naquilo que o mundo nos oferece. E é claro que aquilo que o mundo oferece nos traz uma certa satisfação, mas sabemos que esta satisfação e este prazer trazido pelo mundo é apenas momentâneo e passageiro. Isso é tão verdade que podemos observar várias pessoas neste mundo insatisfeitas com aquilo que tem e com o que fazem. Vemos que elas nunca se contentam com a situação que vivem, sempre querem mais; elas estão buscando algo novo constantemente, pois têm necessidade de suprirem algo na vida delas, mas com já dito, as coisas deste mundo suprem esse lado apenas por um curto período. Não foi em vão que em João 4.13,14, Jesus disse àquela mulher samaritana que aquele que bebesse da água que Ele desse nunca mais teria sede, mas aquele que bebesse da água daquele poço voltaria a ter sede. Jesus é a agua viva! E aquele que bebe de Cristo, não apenas encontra satisfação total, mas também se torna uma fonte a jorrar para a vida eterna. No versículo 15 desta passagem percebemos como a mulher necessitava dessa satisfação genuína, tanto que, imediatamente, ela expressou o seu desejo de receber dessa água viva para não mais ter sede e nem precisar voltar àquela fonte para buscar água.

    Sem comunhão com Cristo, é impossível estarmos saciados. Sem intimidade com Cristo, é impossível não termos sede. Sem um verdadeiro relacionamento com Cristo, é impossível encontrar satisfação.

  • A vontade de Deus só é cumprida naqueles que estão Nele: "Dize-me, ó amado de minha alma: onde apascentas o teu rebanho, onde o fazes repousar pelo meio-dia, para que não ande eu vagando junto ao rebanho dos teus companheiros?" (Cantares 1.7)

    Primeiramente analisemos a expressão "vagando" no verso acima. Pelo dicionário Michaelis, o verbo "vagar" significa: andar errante ou sem destino; errar, vaguear; correr, percorrer sem rumo certo. Através destes significados, fica claro então que a esposa estava andando errante, sem rumo certo; ela não tinha uma direção ou um destino a seguir. É assim que se sentem todos aqueles que se afastam do Senhor buscando saciedade em outra fonte. Sabemos que a satisfação plena de todo e qualquer ser humano é encontrada em Jesus Cristo, e à partir do momento que o ser humano se afasta de Deus, ele sente-se perdido, não sabendo qual direção deve seguir e nem que caminho escolher.

    No evangelho de Marcos, naquela situação em que um dos escribas perguntou a Jesus qual era o principal de todos os mandamentos, Cristo respondeu: "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força" (Mc. 12.30). TODO. Se o adjetivo "todo" significa "completo, integral, inteiro", concluímos então que o Senhor quer que o amemos de maneira completa, sem faltar em nada; Ele quer que o amemos por inteiro, e não somente numa parte. Hoje em dia, é muito fácil dividir o nosso coração com o Senhor e as coisas deste mundo; é muito fácil cedermos espaço para aquilo que é passageiro. Temos amado o nosso trabalho, o nosso conforto, os nossos familiares (Mt. 10.37) e entes queridos mais do que deveríamos, mais do que a Cristo. Temos amado a nossa própria vida mais do que a Cristo (Jo. 12.25). Realmente irmãos, despojando o nosso amor em tantas coisas instáveis, é inevitável que faremos uma busca sem fim por algo que nos satisfaça.

    Outro ponto que devemos atentar no versículo acima é para a frase "onde apascentas o teu rebanho". O verbo apascentar, dentre alguns dos seus significados, se refere a pastorear. Dentro disso vemos que o amado é figurado como pastor. Sendo o amado uma figura de Cristo, podemos então dizer que Jesus Cristo é o pastor. E, quando Cristo desempenha esta função de pastor, nada nos falta (Sl. 23.1). O grande problema acontece quando estamos longe do Senhor. Diante de uma situação como essa, Ele não consegue cumprir em nós a Sua função como pastor, já que as nossas paixões e as nossas buscas estão nas coisas deste mundo.

    Cristo, como pastor, deseja nos guiar. Ele quer que vejamos a nossa total dependência à Ele. Ele sabe aquilo que é melhor para os Seus. Pode acontecer o fato de que, guiados pelo Senhor, nos distraiamos em algum momento com as coisas deste mundo. Essa distração pode nos levar a caminhos que não conhecemos, caminhos perigosos. E, pode ser que nos afastamos tanto, que quando desejamos voltar à Ele, já não sabemos o caminho de volta. Graças ao nosso bom pastor, porque Ele nos busca, e Ele nos acha.

    Agora, o que tem a ver tudo isso colocado acima com a vontade de Deus em nós? O que tem a ver afastarmos de Deus e andarmos sem rumo; não amarmos a Deus de todo nosso coração; Cristo ser pastor; com a vontade de Deus ser cumprida em nossas vidas? Bem, temos Cristo por nosso pastor e Aquele que nos guia em nossa jornada cristã. Quando o amamos profundamente e genuinamente, permanecemos próximo Dele e então Ele cumpre Sua vontade em nós. Mas o contrario também é verdadeiro. Quando, na nossa caminhada cristã, começamos a amar outras coisas que não estão em Cristo, então desviamos daquilo que é o desejo de Deus em nós, nos afastamos Dele, e enquanto mantivermos essa distância do Senhor, também manteremos esta mesma distância da vontade Dele.

    Os quatro evangelhos contidos na Bíblia representam quatro figuras de Cristo, e no evangelho de Lucas, Cristo é representado pela figura do Filho do Homem. Esta figura nos mostra uma relação de intimidade e dependência que o Filho tem com o Pai. Mas podemos ver, em outro evangelho, o de João, versículos que falam dessa comunhão e dependência de Jesus com o Pai. No capítulo 5 Jesus diz: "Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou" (v.30). Nesse versículo é possível observar esses dois pontos: comunhão e dependência. Diante disso, fica visível aos nossos olhos que Deus cumpriu Sua vontade no Filho pelo fato do Filho não desejar fazer a Sua própria vontade e também porque esta relação de intimidade permitiu ao Filho saber qual era a vontade do Pai.

    Colocado isso, temos que reconhecer que, assim como Jesus mostra-se dependente do Pai, assim também somos dependentes de Jesus (Jo. 15.5). E, essa dependência de Cristo e reconhecimento de que somos incapazes de escolher o nosso próprio caminho, automaticamente nos leva à uma relação de íntima comunhão com Cristo e aceitação do seu pastoreado sobre nós. Irmãos, o coração do homem é enganoso (Pv. 17.9), e se andarmos sem a condução do nosso pastor, trilharemos um caminho que ao final, certamente resultará em caminhos de morte (Pv. 14.12; 16.25).

    Se não temos encontrado satisfação em Cristo, é necessário que nos arrependamos e que peçamos que o amor ágape encha nossos corações para que amemo-O com sinceridade de coração. Se nossa vida não tem sido conduzida por Cristo, nosso pastor, que nos acheguemos a Ele com um coração contrito e quebrantado, tendo a certeza de que Ele deixará as noventa e nove ovelhas para buscar a centésima.

    Que Cristo nos satisfaça completamente. Que Ele seja o nosso pastor guiando-nos para a Sua vontade.

    Jesus, pois, lhes afirmou novamente: Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de Mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por Mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas Me conhecem a Mim, assim como o Pai Me conhece a Mim, e eu conheço o Pai; e dou a Minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor. (Jo. 10.7-16)

sábado, 23 de fevereiro de 2008

INTIMIDADE

Bem galera, sei que o carnaval já passou faz tempo, mas quero colocar aqui algo que já estava dentro dos meus planos há bastante tempo, mas por causa do trabalho e outras coisas mais, eu não fiz isso. Quero colocar aqui algo do que foi compartilhado para os jovens que estiveram com alguns irmãos em Curitiba no feriado do carnaval. Então logo abaixo, segue um pouquinho daquilo que o Senhor falou ao coração de cada irmão presente nesse retiro.

Dentro do capítulo 5 do livro de Cantares de Salomão, a partir do verso 2, vemos um diálogo acontecendo entre as filha de Jerusalém e as esposas. Entre os versos 2 e 8 a esposa fala às filhas de Jerusalém que seu amado estava batendo à porta pedindo para entrar, e ao ver a mão do amado por uma fresta, o coração dela se comoveu. Então ela se levanta para abrir a porta para o amado, mas ao abrir, ele já tinha se retirado, já tinha ido embora; ela procurou o amado e não o achou. No versículo 9 as filhas de Jerusalém perguntam à esposa: "Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjuras?". Diante desse questionamento, a esposa responde à essas perguntas descrevendo o seu amado. E é ai que chegaremos no ponto de fazer distinção entre dois grupos de cristãos: aquele que tem um amplo conhecimento do Senhor; e aquele que tem um conhecimento bem restrito do Senhor. Dando uma ênfase nesse grupo que conhece de maneira bem ampla o Senhor Jesus, a princípio percorreremos esses 7 versículos do capítulo 5 de Cantares (vv. 10-16).

Ao lermos as passagens de Colossenses 1.9 e Tito 1.1, vemos que é inegável que todos nós chegaremos a um pleno conhecimento do Senhor Jesus Cristo, independentemente se este caminho for percorrido vagarosamente ou de uma forma mais rápida; nunca esquecendo de que a revelação da própria pessoa de Cristo é dada segundo a Sua vontade (Mt. 16.17). Mas esta forma de conhecer o Senhor pode acontecer de duas maneiras: podemos conhecer Cristo intelectualmente, obtendo informações sobre Ele, tomando conhecimento da Sua estória, observando Suas atitudes; ou então podemos conhecer a Cristo através da revelação do Pai. Temos a opção de saber acerca do Senhor, ou então de saber quem é o Senhor. No capítulo 17 do evangelho de Mateus, a partir do primeiro verso nos é relatado o momento passado no monte em que Jesus transfigurou. Podemos tomar para nós uma grande lição nessa situação através da atitude de Pedro (v. 4). Quando Pedro fala pra Jesus que é bom estar ali e sugeriu fazer três tendas, uma para Ele, outra para Moisés e outra para Elias, Pedro colocou Jesus no mesmo patamar que Moisés e Elias. Moisés e Elias indiscutivelmente foram homens santos e grandemente usados por Deus, mas também em nosso coração há uma grande certeza: Jesus é maior do que todas as coisas, Ele está elevado sobremaneira acima dos querubins, acima de todos os povos, acima de todos os tronos e de todos reinos; não há outro ser que se compara ao nosso Senhor. E querendo mostrar essa verdade, Deus Pai fala no verso 5: "Este é o Meu Filho amado, em quem me comprazo: a Ele ouvi". Ao dizer esta frase, Deus deixa de maneira bem clara quem é o centro de todas as coisas, Ele deixa claro que somente Jesus deve ser adorado e buscado.

Voltando então ao livro de Cantares, podemos notar que as filhas de Jerusalém não conhecem profundamente o amado, já a esposa conhece o amado tão bem, que pode descrever cada detalhe sobre ele:
  • v. 10: O amor da esposa pelo amado é tão grande e tão intenso ao ponto dela reconhecer que o amado é diferente em pureza e santidade. Ela tem a consciência de que o amado se sobressai entre todos os santos, revelando a grandeza deste, e que ninguém é maior do que ele. É impossível comparar o amado com qualquer outra coisa, já que ele está num lugar muito mais elevado do que qualquer outro.
  • v. 11: Neste verso, a cabeça representa a autoridade do amado, e o ouro mais apurado representa a sua divindade. Então o amado, fazendo uma alusão ao nosso Senhor, possui uma autoridade divina, concedida não por ele mesmo, mas por aquele que está nos céus (Mt. 6.9). Os cabelos representam a juventude, sendo que a juventude representa a força e o ânimo. Fazendo essa mesma alusão do amado ao Senhor, podemos dizer que o nosso Senhor nunca desfalecerá, Ele é o mesmo ontem, hoje e o será eternamente (Hb. 13.8).
  • v. 12: Temos as pombas representando o Espírito Santo. Em relação aos olhos, eles estão ungidos pelo Espírito Santo, tornando-os santos e puros e fazendo com que o olhar esteja voltado para o objetivo correto.
  • v. 13: A face do amado brilhava o ungüento e exalava o aroma do Espírito Santo. Isso mostra que a face do Senhor não somente brilha como o Sol, mas que também exala a fragrância do Espírito Santo. Os lábios nos falam da expressão verbal, e mostram que o Senhor tem um testemunho, e esse testemunho é cheio de graça e de glória. Além disso, a expressão 'gotejar' diz a nós do falar prudentemente, de maneira sábia.
  • v.14: As mãos representam um trabalho e uma obra que Cristo está fazendo. Esta obra tem um início e também um fim, e isso é mostrado através dos cilindros. Dentro deste versículo podemos ver também que a mesma mão que o Senhor usa para nos disciplinar, Ele usa para nos acolher. Esse grande amor é demonstrado pelo marfim, significando dor e sofrimento, revelando aqui a obra de Cristo no calvário.
  • v. 15: As pernas de mármore expõe algo maravilhoso para nós. Mostram o sustento do Senhor nas nossas vidas e da estabilidade que Ele nos traz, sabendo que, se estivermos firmes Nele, na pedra angular, nunca seremos abalados (Pv. 10.30).
  • v. 16: A intimidade da esposa com o amado tem sido tão grande e tão verdadeira que a esposa encontra no amado algo mais do que doce (Ct. 2.3), algo muitíssimo doce. Ele é totalmente desejável, ou seja, aqui fala de uma maneira completa, 100%, e não somente uma parte ou grande parte, mas tudo.
Finalmente termino perguntando a cada um: qual tem sido o tipo de conhecimento que temos tido de Cristo? Qual é a profundeza desse relacionamento individual com Ele? Com que intensidade e desejo temos buscado uma comunhão sincera com nosso Senhor? Somos capazes de descrevê-Lo de maneira detalhada? Ou descrever tão detalhadamente cada aspecto da Sua vida? Agora irmãos, uma coisa é certa: temos sempre que aprender mais do nosso Senhor; nunca O conhecemos de maneira suficiente ao ponto de não mais precisar relacionar com Ele. A eternidade será colocada diante de nós para que conheçamos verdadeiramente o nosso Senhor Jesus Cristo.

"Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva a Sua vinda é certa; e Ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra".
Oséias 6.3